sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Falimos.

Há algumas coisas presas na garganta. Ou eu as cuspo boca afora ou engulo e espero a digestão. Não foi o término que me magoou. Ele foi um alivio, foi o sonrisal que aliviou a queimação de estar juntos. Não venha me dizer que estar presa a mim te fazia feliz tanto quanto ir aonde o vento te leva hoje. Durante nosso 1ano de convivência tentamos convergir nossos caminhos. Falimos. Afundamos na mesma velocidade que as ações do Eike Batista e você precisa admitir. O que mais me doeu no momento o qual constatei a melhor solução para nós, foi perceber que não abriríamos mão de nossas visões e caminhos para tentar ser um casal de verdade. Me dei conta, contas atrasadas e com juros, que começamos a nos deixar desde o dia da oficialização do relacionamento. Doeu ver minha ingenuidade, a nossa. Enxergar que depois de tanto te querer bem e ainda quero, já não te queria mais comigo. Por algum motivo o planos que eu seguia e estabeleci antes de você foram postos em stand by. Não os investi. Por quê? Uma vez fizemos planos, mas você deixou claro de que comigo não faria mais nenhum. Um ponto a menos para nós. Temos amigos e os meus não se tornaram seus e os seus também não são meus. Eu poderia me culpar ou te culpar. Então, eu culpo a vida, tínhamos vontade, mas não havia prática, tínhamos é a palavra. Você ousou me perder para você mesma e eu me deixei vencer por essa imposição. Talvez eu tenha culpa de mentir para mim e você quando dizia sentir o mesmo do inicio, quando o que mais quis era realmente sentir o que já havia sido um dia, e por dias a fio eu tentei, eu busquei, mas você me deixou sozinha e insegura. Se eu tinha planos, por que não os segui? Você nunca permitiu, me quis tanto por perto e não percebeu que me perdia para si e suas palavras duras. A cada choro meu por medo de te perder eu me fortaleci e não precisei ler Gabito Nunes ou Clarisse Corrêa, a cada vez que eu ouvi você dizer que não faria planos comigo, eu me planejei como seria viver sem você. E quando reencontrei minhas raízes estava longe demais para enxergar nosso céu. Me magoa não te amar mais, porque eu queria, e não há palavras ou invenções inspiradas em filmes que possam apagar a nossa história, e eu não quero. Dói pensar que nos últimos dois meses antes de oficialmente nos separarmos, eu já desatava as costuras desse amor involuntariamente. Somos melhores agora, éramos bonitos juntos, mas somos mais felizes separados.

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